quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Crise na indústria automobilística e trânsito

É interessante é notar que os mesmo órgãos de imprensa que falam deste problema noticiam também a "crise" da indústria automobilística. Será que a "crise" não seria algo bom? Será que não seria necessária uma produção cada vez menor? Será que não se vê que, principalmente levando-se em conta um país como o nosso, já há automóveis demais???

A frota das 12 principais capitais do Brasil praticamente dobrou em dez anos. O crescimento médio no número de veículos foi de 77%, sem que a infraestrutura viária e os órgãos de controle do trânsito acompanhassem o ritmo. Em São Paulo, a metrópole que mais ganhou carros em números absolutos, as ruas receberam três milhões e 400 mil veículos entre 2001 e 2011. As 12 principais metrópoles somam 20 milhões de veículos, o que corresponde a 44% da frota nacional.
Fonte http://radioglobo.globoradio.globo.com/noticias/2012/10/02/EXCESSO-DE-CARROS-NAS-GRANDES-CIDADES.htm

Mobilidade limitada e rotina de restrições
Os congestionamentos limitam o direito de ir e vir, que está previsto na Constituição. Em São Paulo, cidade brasileira que mais sofre com o problema, o colapso total do trânsito está previsto para 2012. De acordo com um levantamento feito pelo Ibope no início de 2008, 63% dos paulistanos gastam entre 30 minutos e 3 horas nos deslocamentos para a escola, universidade ou trabalho. Como falta infra-estrutura adequada no transporte de massa (segundo o Ibope, 54% estão totalmente insatisfeitos com o transporte coletivo), o morador da metrópole adotou soluções individuais para o problema de locomoção. Resultado: o paulistano vive uma rotina cheia de restrições, pois o tráfego pelas ruas em várias partes do dia é quase inviável. Além de diminuir a velocidade média dos carros e ônibus, os congestionamentos retardam os serviços de emergência, como o deslocamento de ambulâncias e veículos do Corpo de Bombeiros.
Fonte http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/transito/contexto1.html

 O brasileiro gosta de carros. Essa frase já virou quase um bordão a definir um traço da cultura nacional. 
Mas, na verdade, durante a industrialização do país, os governos escolheram um modelo que privilegia o transporte individual ou rodoviário, em detrimento do transporte público ou ferroviário.
E o Brasil está cada vez mais mergulhado na cultura do carro. As vendas aumentam, o governo incentiva as vendas para combater a crise econômica, e a indústria automobilística é a segunda que mais contribui para o PIB no Brasil. So perde para o setor petroleiro.
Resultado: as cidades estão literalmente entupidas de carros. E são vários os problemas causados por esse enorme engarramento.
Fonte http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/tv/materias/PARTICIPACAO-POPULAR/434167-O-PROBLEMA-DO-EXCESSO-DE-CARROS-NAS-CIDADES.-QUAL-A-SOLUCAO.html

A multiplicação indiscriminada da frota automobilística já é um dos maiores problemas da Humanidade. Na maioria das capitais brasileiras (e mundiais) já não há a chamada “hora do rush”, porque sucessivos congestionamentos em diferentes horas do dia colapsam o trânsito progressivamente. A construção de mais pontes, viadutos, túneis ou vias expressas são paliativos, não resolvem efetivamente o problema, como muitas vezes, indiretamente, contribuem para estimular o uso do carro. A mobilidade urbana se tornou questão central do debate sobre qualidade de vida nas cidades.
Fonte http://g1.globo.com/platb/mundo-sustentavel/2012/09/19/dez-razoes-para-levar-a-serio-o-dia-mundial-sem-carro/

“Há quatro anos, só para citar o exemplo de São Paulo, a cada minuto, nós tínhamos cerca de 100 metros de congestionamento sendo formado. Hoje em dia, neste mesmo minuto, nós temos 150 metros de congestionamento”. 

A pesquisa também mostrou ainda que aumentou o número de carros com apenas uma pessoa. Só num semáforo, deu para contar três motoristas sozinhos. Isso contribui para a formação mais rápida do congestionamento. 

Nunca cada metro quadrado foi tão valioso. Se a caixa cai da moto, logo se forma uma fila. Tantos nós no dia-a-dia reduziram, nos últimos quatro anos, a estimativa de tempo para que o trânsito pare de vez. 

Em São Paulo, o prazo caiu de cinco anos para quatro. No Rio, de dez para nove. Porto Alegre e Belo Horizonte de 15 para 12 anos. 

A primeira explicação: recorde na venda de carros. E a segunda: infraestrutura. O impacto de um veículo a mais nas capitais de Minas e do Rio Grande do Sul é três vezes maior do que no Rio e em São Paulo, metrópoles mais preparadas para trânsitos pesados
Fonte http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1126777-10406,00-CONGESTIONAMENTO+E+UMA+PRAGA+NAS+CAPITAIS+DO+BRASIL.html

AGORA VEJAM SE NÃO HÁ UM CONTRASSENSO NA "PREOCUPAÇÃO" DEMONSTRADA NESTA NOTÍCIA:

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/02/1414350-analise-industria-automotiva-da-2014-como-perdido-e-ja-olha-para-20152016.shtml

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Democracia?

A palavra liberdade pode ser pesquisada em qualquer parâmetro e jamais será compatível com obrigação. Ainda mais com obrigação de exercer um direito.Direito, por definição, é algo que se escolhe exercer. O famoso "direito de permanecer calado" dos filmes americanos é talvez o mais fácil de se perceber isto.
Na democracia supostamente há liberdade. Liberdade de escolher seus representantes. Ou de não escolhê-los. 
Bem... no Brasil não é assim. Você pode ser punido se não exercer um direito. Você não tem a liberdade de exercer ou não um direito.Você não é livre para abster-se. Será que isto é democracia?
A palavra democracia tem origem no gregodemokratía que é composta por demos (que significa povo) e kratos (que significa poder). Neste sistema político, o poder é exercido pelo povo através do sufrágio universal. fonte:http://www.significados.com.br/democracia/

Democracia é uma forma de governo em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder da governação através do sufrágio universal. Ela abrange as condições sociais, econômicas e culturais que permitem o exercício livre e igual da autodeterminação política. fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Democracia (grifo meu)

Bem, a liberdade de escolher pressupõe a liberdade de abster-se. Se numa assembléia de condomínio isto é normal, então por que os governantes não acham o mesmo quanto a eleições políticas?

É melhor o voto é´o  de quem sabe o que está fazendo ou o de quem está lá simplesmente porque foi obrigado? Quem sabe melhor o que está fazendo?  E se a pessoa  simplesmente não estiver com vontade de votar, por que tem de ser obrigada?

O mais interessante é que entra governo e sai governo ninguém levanta esta lebre. Aparentemente nem a imprensa tem interesse neste assunto. Ou há o interesse reverso. Qualidade, quantidade... estas palavras me vêm à mente quando falamos de voto obrigatório.
A "argumentação" dos defensores do voto obrigatório é que haveria uma abstenção muito grande se não for compulsório o pleito. E daí? Novamente fazendo a analogia a uma assembléia de condomínio (e quem disse que é tão diferente?) quem se abstém não tem direito a reclamar. Não tem? Claro que tem, este é um princípio fundamental da democracia, a escolha da maioria é a escolha de todos, e mesmo que não tenha sido a minha escolha eu tenho o direito de opinar sobre os atos de quem foi escolhido.

Deste modo, vê-se que  não há vantagem alguma (pelo contrário, é uma vergonha) no voto obrigatório. 

Mas o mais interessante é que NENHUM PARTIDO, NENHUM CANDIDATO, (quase) NENHUM POLÍTICO advoga a ideia do voto facultativo. O que me faz pensar, quem seria interessado em se manter este "status quo"... Na minha opinião são os mesmos que mais prejudicam nosso país (ou qualquer país do mundo).

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Amor

Parece piegas. Talvez seja piegas. Com certeza é piegas.

Amor é o que pode salvar a humanidade. Isso é piegas. Piegas significa sentimentalismo exagerado, certo? Mas como se pode medir, ou dizer o limite da emoção e do modo como a expressamos?

Viver é uma experiência maravilhosa. Pode-se dizer que a única coisa importante da vida é o que sentimos, então o rumo que damos a ela depende dos sentimentos aos quais estamos ligados. Há pessoas que gostam de uma vida sem altos e baixos e há gente que gosta de viver nos extremos. Quem somos nós para julgar? De minha parte, gosto de pensar que estou entre estes dois, cada vez mais pendendo para o ultra-sentimentalismo. Gosto de minhas emoções e de expressá-las. Músicas e filmes fazem-me chorar com muito mais frequência agora que em minha adolescência. E, com isto, sinto-me uma pessoa melhor.

Acho que o homem só será salvo pela emoção.Mas uma emoção específica: o amor. Em todos os significados que os gregos davam a ele.E o amor faz com que queiramos ver os próximos e os distantes felizes. O amor de verdade não admite possessividade. Se você ama não deve prender a pessoa amada a não ser pela singela algema do sentimento. O amor é alimentado pelo amor. Ver as pessoas felizes faz (ou deveria fazer) aqueles ao redor felizes também.

Eu tenho a certeza de que o amor é principal coisa que faz a vida valer a pena. Pode não ser todo o tipo de amor, mas o certo é que sem ele não há vida de verdade.

E sei é que amo demais e a cada dia que passa quero demonstrar isto a todos ao meu redor.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Ativismo animal e a arrogância humana.

Recentemente um grupo de pessoas adentrou um instituto que faz experiências com animais e , com pena dos cachorros da raça Beagle os "resgatou". No facebook houve muita comoção, muita gente aclamando-os como heróis e apoiando a causa.
Então começaram as notícias das consequências. Animais foram abandonados nas ruas e até anunciados na internet para venda.
Há muitas considerações sobre o caso, comecemos com estas, o abandono e a venda. Tanto um como a outra denotam que muitos "ativistas" tinham como meta somente aparecer. Ah, diriam eles, aparecer é o objetivo, dá maior visibilidade à causa, angaria simpatias, simpatizantes e participantes. Sei... então abandonar os animais e vendê-los (mais dinheiro para a "causa"?) seriam baixas aceitáveis, como numa guerra? Então qual a diferença entre ativistas e pesquisadores se ambos aceitam um mal supostamente menor para um bem alegadamente maior?
Há mais: os cães estavam em ambiente controlado (os supostos maus tratos não foram sequer vislumbrados, apenas canis com fezes, o que não significa nada, já que muitos bichinhos acabaram sujando o local porque ficaram assustados com a invasão), e foram tirados sem qualquer precaução de saber qual experimento era realizado em cada um. É bem provável que alguns animais tenham adoecido e mesmo morrido devido à retirada deles do instituto. Não houve qualquer logística, planejamento ou mesmo cuidado com os cachorros. Parece coisa de papo de bar, como se no dia anterior um bando de boêmios pseudo intelectuais, no meio da bebedeira resolveu "salvar os beagles" por não ter coisa melhor a fazer.
Há, ainda, o mérito da questão de que testes em animais são, em si, uma coisa ruim. O ser humano só tem esta longevidade nos dias atuais em razão dos testes em animais. Os soros antiofídicos continuam sendo preparados com a inoculação em cavalos. A argumentação de que as reações dos testes em animais não é a mesma que em humanos não procede, já que há muitos aspectos a serem verificados, um medicamento não é criado do nada e está pronto para ser testado. Há uma série de etapas a serem seguidas. Falar em se fazer testes em humanos resultaria numa ineficácia na medida, já que tem-se de controlar o indivíduo testado até o final de seu ciclo de vida. Não se pode, por exemplo, fazer testes em papagaios ou tartarugas, os resultados demorariam muito, do mesmo modo que nos humanos.
Mas o pior de tudo é a arrogância. Os ativistas acham que têm de cuidar da Natureza para que ela não seja destruída. Esquecem-se que fazemos parte da natureza. Não somos mais nem menos. Por mais que se tente acabar, mesmo se tivesse havido a famigerada hecatombe nuclear tão temida há algumas décadas a Natureza permaneceria. Ela tem ciclos, e nós estamos somente em um deles. Não somos sequer um jardineiro para tomar conta do meio ambiente. Efeito estufa? Sempre existiu, de tempos em tempos. Só que o homem se recusa a ver quão pequena é sua participação nas coisas e que somos apenas uma engrenagem que altera muito pouca coisa no que tange a espaços de tempo realmente significativos.
Então, quando se diz que se quer salvar animais, seja da extinção ou de maus tratos, o que se objetiva, na realidade, é demonstrar o quão superior é o homem a estes seres indefesos. Mas, como eu disse, a natureza é cíclica, aquecimento, resfriamento, movimentação de placas tectônicas, tudo isto continua em curso, apesar de acharmos que nossa vidinha é perene. Os dinossauros dominaram a superfície terrestre por muito mais tempo que nós e foram extintos sem nossa participação, nem havia um homo sapiens para se acusar.
Claro que, por uma ética que criamos, torturar animais é algo inaceitável. Mesmo assim nunca vi ser invadida uma arena de touros ou de rodeios, acho que os ativistas não têm coragem para isto. Mas se há um parâmetro para se seguir este o o da sobrevivência, afinal isto sim é o natural. Sempre foi e sempre será assim, os animais (não somos mais que isto) têm de fazer tudo para permanecer como espécie. Se isto incluir testes em animais, por mais fofinhos que sejam e não houver alternativa é exatamente isto o que vai continuar a ocorrer.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Eu sei, eu sei, não tenho escrito nada nos últimos meses (anos?), mas jájá isto vai mudar. Aguardem.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

RESPEITO!

O governo faz tudo errado. O governo só nós ferra. O governo institui muitas taxas e impostos. O governo não cumpre com sua obrigação. São frases comuns do dia a dia, todos ouvimos, falamos ou concordamos com algumas, muitas ou todas elas. Eu fico, então, perguntando a mim mesmo: o tal "governo" é um ser que existe por si só? Principalmente em nosso país, há alguma possibilidade de o "governo" ter idéias próprias e agir conforme sua vontade. Parece-me que não. Primeiro, não existe uma entidade, um ser pensante, uma criatura maligna que está sempre pensando em se dar bem não importa o quanto de mal isto cause aos demais. Outra coisa é o fato de que quem escolhe o tal "governo" somos nós. Então devemos assumir nossa parcela de culpa pelos erros do "governo". Elegemos, e voltamos a eleger os tais membros do "governo". Que direito temos de falar mal de pessoas que insistimos em colocar numa posição que podem nos "ferrar"? Mas o pior não é isto. As pessoas (e não digo "nós" agora porque realmente não me considero incluido neste grupo) querem ter direitos, mas não admitem que têm obrigações. Eu não jogo um papel de bala nas ruas, apesar de minha casa não correr o risco de enchentes. ("Ah, é um papelzinho só", é o argumento dos infratores, esquecendo-se de que há MILHÕES de pessoas na cidade e que o tal "papelzinho" vai permanecer intacto durante muito, muito tempo!) Já ouvi muita gente dizendo que os radares são uma "indústria de multas", e uma delas vangloriando-se de que infringe as leis de trânsito sem se preocupar com multas porque "o carro não está em seu nome, mas no de sua irmã, que não tem carteira de habilitação, e tem dinheiro para pagar as multas". E quem paga este custo somos nós. Sinceramente não acho que haja radares demais, e sim a menos. Não acho que seja necessário, por outro lado, diminuir o limite de velocidade nas ruas para ocorrerem menos acidentes. Se as pessoas respeitarem os atuais limites é de uma certeza absoluta que muito menos gente vai-se acidentar. Quero mais radares, quero mais fiscalização. Quero, acima de tudo, que as pessoas sejam ensinadas a respeitar o direito de todas as outras, e que as coisas públicas não são coisa de ninguém, são coisas de todos!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

O que é a religião?

Uma alegoria do que são TODAS as religiões:

http://www.youtube.com/watch?v=fyo1rT5Q6eA