quinta-feira, 1 de março de 2012

Do contra

Eu não acho que temos radares demais, no trânsito. Acho que temos muito poucos. Quando dirijo vejo tanta gente ultrapassando a velocidade limite, costurando no trânsito, ameaçando muitas vidas que tenho a plena convicção de que é necessário correr menos. Não quer se atrasar? Saia mais cedo!

Também não acho que a carga tributária é muito alta. Acho que temos empresários que adoram lucrar demais, e isto é um prato cheio para o governo, qualquer que seja. A voracidade do leão é muito menor que a ambição da "livre iniciativa".

Sei que estou na contramão do que a maioria pensa. Mas sempre fui assim. Gostava de música clássica, quando todos curtiam discoteca. Mas existe um certo prazer em ser "do contra". Parece que sou o único certo num mundo de errados.

CLARO que sei que não é isto. Ir contra a maioria não é estar sozinho. Ainda mais hoje, quando podemos postar as ideias pela rede mundial e, por mais absurda que ela pareça ser, sempre vai aparecer alguém que concorda.

Também ir contra a maré não significa estar certo sozinho (com certeza a probalidade maior é do contrário). Mas também não significa que a verdade esteja aqui, ou ali. O que é a verdade, afinal?

A única coisa que sei é que gosto de ser do contra. Não me sinto obrigado a sentir, a gostar ou seguir a maioria. Acho que com isto TALVEZ eu consiga vislumbrar um pouco do que eu sou na realidade...